12.2.07

De Weber a Goffman

Para Max Webber há uma predominância do indivíduo sobre o colectivo. Num estudo que fez ao capitalismo identificou uma ética de base religiosa na racionalidade económica europeia que tornava o capitalismo europeu (e particularmente da Europa protestante) diferente do capitalismo que se poderia encontrar noutros pontos do globo.

Com este estudo Webber pretendeu demonstrar que o capitalismo como é entendido na sociedade actual, nasce na Europa do norte devido à ética protestante (calvinista e luterana) e é diferente do que encontrou na Europa católica.

Através desta relação Webber estabelece o princípio da explicação compreensiva.
A grande diferença entre acção e actor tema ver com o facto de agente ser diferente de actor. Enquanto que o actor representa um papel que lhe foi atribuído, o agente agencia, age. Isto é, interfere directamente na estrutura. Funcionalismo.
Para Goffman, a sociedade é constituída por múltiplos cenários que se vão construindo e reconstruindo ao longo de uma trajectória.
O que interessa a Goffman é fazer a distinção daquilo que está na situação e aquilo que é derivado da situação. Quer dizer: há uma base convencional (de regras) que não são constantemente postas em causa (embora não sejam imutáveis) e a fonte estrutural da acção.
Para Goffman há uma concepção de indivíduo plural, com uma multiplicidade de papéis, no entanto também com uma certa unidade do Eu.

Há uma base comum a todos os interaccionistas: a ideia de que quando os actores se encontram, a produção social de categorias é imediata. Temos uma realidade que é potenciada pela nossa relação com os outros.

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