Segundo Max Webber, o espírito do capitalismo assenta em três vectores importantes:
- Empresa
- Empresário e
- Racionalidade Burocrática (risco calculado; planeamento na base do risco).
Porém, em 100 anos de capitalismo ocorreu uma importante mudança:
O Empresário foi substituído pelo Gestor.
O capitalismo, inicialmente atomista e familiar, assente no conceito de projecto e na moral que esse projecto traduz na moral económica, passa, devido à concorrência na conquista dos mercados, a basear-se na eficácia, produzindo mais com o menor custo possível. Quem ganha já não é quem arrisca, mas quem tem mérito.
É nesta altura que ganha importância o diploma escolar como fundamento das relações dentro da empresa.
Simultaneamente as sucessivas fusões entre empresas familiares dão origem a empresas de grandes dimensões que se transformam mesmo em monopólios ou oligopólios. A figura do empresário dilui-se e transforma-se em accionista. É neste quadro que os gestores começam a ter cada vez mais peso.
“Les cadres” de Luc Boltanski explica bem a ascensão dos gestores.
Os quadros nascem e constituem-se como produto de um trabalho político, desenvolvido por certos Porta-vozes (em particular engenheiros ligados à igreja católica), como forma de constituir um certo equilíbrio social na conflitualidade existente entre operários e proprietários. Transforma-se assim num corpo para amortecer a conflitualidade entre os dois pólos extremos do conflito de classes (a burguesia proprietária e o operariado).
A génese dos quadros desenvolve-se com a expansão das classes médias.
O princípio do poder e da autoridade assenta na antiguidade do posto como gratificação para a mobilidade profissional. Só a partir dos anos sessenta o diploma escolar passa a constituir fundamento da autoridade e do poder. Simultaneamente decorre o processo de massificação das universidades.
Esta alteração vai dar novas dimensões ao mercado. A propriedade privada dos meios de produção vai concorrer com outros recursos, entre os quais se destacam o capital cultural (na sua dimensão escolar) e o capital social.
- Empresa
- Empresário e
- Racionalidade Burocrática (risco calculado; planeamento na base do risco).
Porém, em 100 anos de capitalismo ocorreu uma importante mudança:
O Empresário foi substituído pelo Gestor.
O capitalismo, inicialmente atomista e familiar, assente no conceito de projecto e na moral que esse projecto traduz na moral económica, passa, devido à concorrência na conquista dos mercados, a basear-se na eficácia, produzindo mais com o menor custo possível. Quem ganha já não é quem arrisca, mas quem tem mérito.
É nesta altura que ganha importância o diploma escolar como fundamento das relações dentro da empresa.
Simultaneamente as sucessivas fusões entre empresas familiares dão origem a empresas de grandes dimensões que se transformam mesmo em monopólios ou oligopólios. A figura do empresário dilui-se e transforma-se em accionista. É neste quadro que os gestores começam a ter cada vez mais peso.
“Les cadres” de Luc Boltanski explica bem a ascensão dos gestores.
Os quadros nascem e constituem-se como produto de um trabalho político, desenvolvido por certos Porta-vozes (em particular engenheiros ligados à igreja católica), como forma de constituir um certo equilíbrio social na conflitualidade existente entre operários e proprietários. Transforma-se assim num corpo para amortecer a conflitualidade entre os dois pólos extremos do conflito de classes (a burguesia proprietária e o operariado).
A génese dos quadros desenvolve-se com a expansão das classes médias.
O princípio do poder e da autoridade assenta na antiguidade do posto como gratificação para a mobilidade profissional. Só a partir dos anos sessenta o diploma escolar passa a constituir fundamento da autoridade e do poder. Simultaneamente decorre o processo de massificação das universidades.
Esta alteração vai dar novas dimensões ao mercado. A propriedade privada dos meios de produção vai concorrer com outros recursos, entre os quais se destacam o capital cultural (na sua dimensão escolar) e o capital social.
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