12.2.07

Teorias Sociológicas

Em ciências sociais a teoria faz sentido quando se converte em instrumento de análise da realidade. As teorias não são especulativas; existem para nos permitir ver coisas sobre a realidade social que de outro modo não conseguiríamos.

Falar de uma galáxia construtivista é ver que há muitas perspectivas diferentes que não podem ser ignoradas. Conhecer esse universo é difícil porque implica compreender detalhadamente cada perspectiva e compreende-la.

A realidade social é o nosso campo de captação de informação, teoricamente ordenada por nós.
Nós temos á nossa disposição várias perspectivas teóricas.
Vamos enformar o nosso objecto de investigação, ele é constituído a partir de uma série de problematizações.

Não há um pai da sociologia. Há três autores importantes:
Karl Marx – marxismo
Max Weber – Sociologia compreensiva
Émile Durkheim – Realidade social

A realidade não é una, várias ciências a estudam.

Uma grande transformação foi a passagem do rural para o urbano. Isto deu origem a duas classes e foi destruída a sociedade de ordens.

Divisão do trabalho social – País, Nação, Anomia (Durkheim)

As relações entre a manufactura e as indústrias vão-se tornando mais complexas. Há qualificação do trabalho e a criação de novas profissões. O trabalho passa a ser uma forma de identificação social. As formas de solidariedade modificam-se e a religião perde peso.

Durkheim pensa que se tem de mudar dessa moral para outra, de cariz republicana e laica. A escola é o fio condutor dessa moral. A socialização passa a ser comum.
Ao contrário de Max Weber, que tem no indivíduo a sua base de estudo, Durkheim põe o colectivo à frente do indivíduo. A sociedade sobrepõe-se ao indivíduo.

Karl Marx tentou compreender a relação entre o ideal, os valores e a ideologia. Isto é, a super estrutura das sociedades. Essa estrutura é objectivada no Estado e a sua relação com a vida quotidiana, económica e material.

Este conceito de dialética tenta estabelecer uma relação a partir do pensamento marxista. Desde o modo de produção tribal, onde não havia divisão do trabalho e classes (mas sim, divisão sexual), pelo modo esclavagista, depois feudal e até ao capitalismo. Esta evolução é o resultado de uma complexidade da divisão social do trabalho. O trabalho vai-se fragmentando na vida material dos homens e nos mecanismos de produção económica. É o resultado das lutas entre as forças produtivas que vão melhorando ao longo do tempo, transformando-se. Os métodos também vão melhorando. A relação social de produção e de trabalhadores via-se transformando, isto é, as forças trabalhistas vão evoluindo.

Marx dizia que não fica só pelas infra-estruturas, preocupa-se também com as formas de pensar dos homens. Super-estruturas. As formas politicas de organização vão-se apurando até á ideia de Estado (ideia de nacionalidade).

A ideia de nacionalidade não existia na antiguidade, só a partir da modernização das sociedades. As ideias nascem na prática comum. A nacionalidade depende das infra-estruturas e estas são sujeitas aos valores dominantes nos modos de produção e na ideologia.

Marx defendia que O Ideal se opunha ao Material.
O Ideal conduzia à super estrutura enquanto que o Material era o suporte da infra-estrutura.

Já Max Webber sublinhava que o individuo se sobrepunha à sociedade

Enquanto que Émile Durkheim defendia que o colectivo se sobrepunha ao individual.

As perspectivas construtivistas procuram ultrapassar estas questões.
É possível dizer que as sociedades humanas são construções sociais históricas.

Ao estudar a construção da realidade social é possível encontrar diferentes problemáticas teóricas.

Estruturas sociais

Interacção

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